Cannabis: produto farmacêutico ou suplemento alimentar?

“A natureza faz (o produto) e faz com perfeição”, comenta Marcelo Galvão antes de falar sobre a “rotulação” da substância

Publicada em 30/07/2024

background
Compartilhe:

Por Bruno Vargas

“A cannabis é um fitoterápico”, afirma o CEO da Tegra Pharma, Marcelo Galvão, ao responder a pergunta “a cannabis é um produto farmacêutico ou um suplemento alimentar? Durante o 14ª episódio do Deusa Cast - podcast original Sechat. “Ela pode se enquadrar nas duas classificações”, comenta o empresário.

Segundo Galvão, produtos à base de cannabis não são sintéticos feitos em laboratório, onde uma “conexão errada” pode mudar toda a composição do medicamento. “A natureza faz (o produto) e faz com perfeição”, comenta ele antes de falar sobre a “rotulação” da substância.

“O grau de suplemento alimentar definido nos EUA, ou de cosmético, como é feito na Europa, ou de fitoterápico, colocado em outros países, não apresenta nenhuma necessidade. A cannabis não tem o risco que outras substâncias manipuladas pela indústria farmacêutica”, destaca Galvão, que ainda ressalta não ser necessária uma qualificação farmacêutica.

 

 

Situação no Brasil

 

Conforme o empresário, no Brasil, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), colocou a “barra lá em cima”, com a RDC 327 e RDC 660. O que, para ele, coloca o país no status de melhor regulação de produtos medicinais à base da cannabis, do mundo. “Sem ela seríamos capenga”, comenta.

Para Galvão, o essencial é saber a quantidade de cada canabinoide presente no medicamento. “O principal é ter um certificado de análise de quantos ml de THC, quantos ml de CBD, terpenos e outras substâncias, para sabermos o que está sendo consumido”. Segundo ele, este teste é suficiente para garantir a segurança e a qualidade do produto. 

 

ANÚNCIO DEUSA CAST SPOTIFY

DEUSA CAST