Austrália analisa potencial de variedades como culturas de inverno em terras secas

Sob a direção do agrônomo John Muir, a Austrália Ocidental começará, no próximo mês, a comparar duas variedades locais (Ruby de dupla finalidade e Bundy específica para grãos) e três da China, de acordo com a Hemp Farms Australia (HFA), que doou as sementes australianas. Embora as variedades de grãos e fibras de cânhamo cultivadas na Austrália tenham provado seu valor em campos irrigados, os próximos testes analisarão o desempenho dessas genéticas como culturas de inverno em terras secas.

“Para rendimento de grãos e fibras, as variedades criadas na Austrália geralmente superaram as opções estrangeiras para terras agrícolas irrigadas”, disse o CEO da HFA, Lauchlan Grout. “Agora queremos encontrar uma janela de plantio ideal para fazendas de terras secas no sul da Austrália”, completou ele.

A HFA possui uma licença de exportação para sementes de cultivo por meio do Escritório de Controle de Drogas da Austrália.

As culturas de inverno de sequeiro, cultivadas sem o auxílio de irrigação durante os meses mais frios e chuvosos do ano (normalmente de abril a outubro), constituem uma parcela substancial do setor agrícola geral da Austrália.

Potencial das variedades
 

Estabelecer a viabilidade das variedades australianas poderia abrir um potencial de 25 milhões de hectares para o cultivo de cânhamo, oferecendo aos produtores australianos uma alternativa para a produção comercial de grãos e fibras, além de uma útil cultura de intervalo, de acordo com Grout.

Os testes, em Albany, no canto sudeste do estado, serão diferentes dos testes anteriores em aspectos de controle de ervas daninhas, população de plantas e espaçamento entre fileiras, de acordo com Muir. Ele disse que a densidade de plantio será reduzida pela metade em relação aos testes irrigados – de 100 plantas por metro quadrado para 50.

O cânhamo foi testado em todos os seis estados australianos e no Território do Norte do país para capturar dados-chave de desempenho focados principalmente na produção de alimentos e fibras.

Conteúdo publicado originalmente em HempToday