“O potencial do Brasil no mercado da cannabis é agrícola”, diz Lorenzo Rolim

“A grande potência do Brasil no mercado da cannabis não é apenas o setor medicinal. Pelo contrário, nosso potencial é agrícola, produção de planta, alimento, fibra.”, afirma Lorenzo Rolim, colunista do Sechat e presidente da LAIHA (Associação Latino-Americana de Cânhamo Industrial), durante o 3º Congresso Brasileiro da Cannabis Medicinal.  

Segundo o engenheiro agrônomo, o agronegócio vem ganhando cada vez mais destaque no mercado da cannabis. O cânhamo, uma planta versátil com fibras resistentes, está sendo explorado em diversos setores, incluindo a produção de alimentos, tecidos, materiais de construção, papel, bioplásticos e mais de 25.000 produtos diferentes.

No entanto, Rolim ressalta que, ao contrário de países como Estados Unidos, Canadá, membros da União Europeia e China, que já possuem regulamentação clara para o cultivo da cannabis, o Brasil ainda está "ficando para trás" em uma indústria na qual poderia ser dominante.

“O Brasil, com sua vasta extensão territorial e clima ideal para o cultivo de cânhamo, poderia se tornar um dos maiores produtores globais. Estima-se que, se o cânhamo fosse regulamentado, o país poderia gerar de R$ 4 a 5 bilhões por ano nos primeiros anos de produção, com potencial para um crescimento exponencial à medida que novas indústrias surgirem”, escreveu Rolim em sua coluna no Portal Sechat.

O setor agro no 3º CBCM

Lorenzo Rolim foi um dos responsáveis ​​pela criação do módulo Agro e Tech, dedicado exclusivamente ao setor agrícola, no 3º Congresso Brasileiro da Cannabis Medicinal. O evento reuniu especialistas e empresários de diferentes países envolvidos na economia, importação e exportação de cannabis para discutir o futuro da indústria.

Os ingressos para a 4ª Edição do Congresso Brasileiro de Cannabis Medicinal já estão disponíveis. O evento, que se tornou um dos maiores da América Latina no setor de cannabis medicinal e cânhamo industrial, acontecerá de 22 a 24 de maio de 2025, em São Paulo (SP). Especialistas renomados, empresários, juristas, pesquisadores e profissionais da saúde se reúnem para promover um intercâmbio de conhecimentos e experiências sobre o tema.