Instituto Conexão e Regulação (ICR) é fundado para impulsionar o desenvolvimento do setor de cannabis no Brasil
Novo instituto busca conectar empresas e autoridades para superar desafios regulatórios e promover avanços no ecossistema da cannabis medicinal
Publicada em 13/11/2024
O cenário regulatório do setor de cannabis no Brasil ganhou um importante aliado com a fundação do Instituto Conexão e Regulação (ICR). Com sede em Brasília, o instituto surge com o objetivo de reunir representantes do setor, empresários e especialistas para impulsionar processos regulatórios que favoreçam o desenvolvimento sustentável do ecossistema medicinal da cannabis no país.
De acordo com Rafael Arcuri, diretor executivo do ICR, a proposta é criar uma ponte sólida entre empresas e órgãos reguladores.
"Nossa missão é oferecer uma representação de alto nível e estabelecer conexões estratégicas que permitam ao setor da cannabis atingir seu potencial no Brasil, promovendo um ambiente regulatório equilibrado e inovador", destacou o advogado que reforça:
"Setores consolidados da economia contam com entidades representativas que articulam seus interesses junto ao Estado. No mercado de cannabis medicinal, especialmente para as empresas que operam sob a RDC nº 660, essa articulação estava ausente. Por isso, o instituto surge para suprir essa necessidade que, embora jovem, o setor de cannabis medicinal brasileiro já tem maturidade suficiente para contar com uma entidade que represente seus interesses".
Desafios e perspectivas de mudança
Leonardo Navarro, diretor jurídico do instituto, enfatizou os entraves do modelo regulatório atual e a importância de articulações para transformá-lo. "O Brasil ainda enfrenta barreiras significativas no que diz respeito à regulamentação do uso medicinal e industrial da cannabis. O ICR pretende atuar diretamente para superar essas limitações, buscando soluções viáveis que atendam aos interesses de todos os envolvidos, desde o mercado até os pacientes", afirmou.
O instituto já conta com nomes de peso para liderar os comitês técnicos e ampliar a articulação com diferentes setores. Paulo Glovacki assume a presidência, enquanto Larissa Uchida lidera a Diretoria de Novos Negócios, Margarete Akemi o Comitê Técnico de Farmácia, Ubiracir Lima o Comitê Técnico de Química, Marco Algorta no Comitê Técnico de Psicodélicos e Talita Ferreira, do Comitê Técnico de Assuntos Regulatórios, completam o quadro técnico estratégico, trazendo expertise em áreas fundamentais para o desenvolvimento regulatório.
Estratégias e conexões
O ICR tem como principal diferencial sua capacidade de articulação perante o Executivo e Legislativo. Combinando conhecimento técnico e conexão política, o instituto se posiciona como um facilitador para inovação no mercado de cannabis e outros setores regulados.
"A regulamentação da cannabis não é apenas um desafio jurídico, mas também uma oportunidade de desenvolver mercados inovadores e gerar benefícios econômicos e sociais para o Brasil", concluiu Paulo Glovacki.