"Ele chegou a ter 100 convulsões por dia" diz mãe de Arthur, após estado interromper custeio de tratamento com cannabis

Arthur, de 9 anos, residente em Feira de Santana (BA), nasceu com microcefalia e epilepsia refratária, uma condição grave que não responde aos tratamentos tradicionais. Após anos de tentativas frustradas com anticonvulsivantes sintéticos, sua mãe, Erica, encontrou uma solução eficaz no canabidiol (CBD), derivado da cannabis.

Segundo Erica, os efeitos colaterais dos medicamentos tradicionais eram devastadores. "Arthur tinha problemas fisiológicos, intestinais e dificuldades para se alimentar e beber água. Quando ele começou a usar o óleo da marca importada Revivid, tudo mudou", relata.

Atualmente, Arthur está 99% livre das crises convulsivas. Para Erica e seu marido, Gabriel, isso representa uma transformação quase milagrosa. "Para uma criança com epilepsia refratária, é quase como uma cura. O óleo de cannabis trouxe qualidade de vida para toda a família", enfatiza.

Busca pelo melhor tratamento

Antes de descobrir o Revivid, Arthur usou outras marcas nacionais, compradas em farmácias, sem obter os mesmos resultados. Mesmo com doses altas, ele continuava a ter convulsões frequentes. "O canabidiol importado foi a única coisa que funcionou de verdade para ele", lembra a mãe.

Devido ao custo do tratamento, a família de Arthur entrou na justiça e, após uma longa batalha, conseguiu que o estado custeasse o tratamento. Os resultados foram impressionantes. "Arthur passou a interagir mais, sua intuição voltou a funcionar corretamente, e ele começou a emitir sons, algo que nunca havia feito antes. A qualidade de vida dele melhorou muito", afirma Erica.

Mais barreiras à ultrapassar 

A família passou por momentos difíceis quando o custeio do estado foi interrompido e Arthur ficou sem o tratamento com o óleo. "Sem o CBD, Arthur teve uma regressão total. Voltaram as convulsões, e ele chegou a ter de 30 a 50 crises por dia, em alguns momentos quase 100. Chegou a ficar internado por um mês", conta a mãe.

O menino passou por uma perícia judicial, e o perito da Justiça Federal confirmou a eficácia do canabidiol do Revivid no tratamento dele, assim que o tratamento retornou, "a melhoria foi nítida novamente", explica Erica.

A cannabis, aliada a três anticonvulsivantes, é essencial para o controle das convulsões de Arthur. Para a família, o medicamento é a chave para garantir uma vida mais digna ao garoto. "Ele não pode ficar sem o canabidiol", finaliza a mãe.