"Eu não estaria lutando se não fosse a cannabis", diz Mike Tyson antes de grande evento esportivo

Ex-campeão se prepara para enfrentar Jake Paul em luta transmitida pela Netflix no dia 15 de novembro

Publicada em 05/11/2024

background
Compartilhe:

Por Bruno Vargas

Mike Tyson, um dos maiores lutadores da história, não é apenas paciente canábico, mas também um empresário e defensor fervoroso dos benefícios que ela pode trazer. Aos 58 anos, Tyson atribuiu à cannabis uma transformação significativa em sua vida. “A cannabis mudou completamente minha vida. Eu não estaria lutando, não participaria desses eventos esportivos se não fosse por ela”, declarou o ex-campeão.

Tyson está atualmente em fase de preparação para enfrentar o youtuber Jake Paul, de 27 anos, em uma luta no dia 15 de novembro, que será transmitida mundialmente e de forma exclusiva pela Netflix, às 22h (horário de Brasília). Com um histórico de 44 vitórias em 50 lutas, Tyson continua a defender o uso da cannabis, inclusive durante seus treinos intensos para a competição. "Por que não usar? Ela me inspirou um treinamento mais pesado", afirma o lutador.

Além de ser uma das maiores personalidades defensoras do uso recreativo e medicinal da maconha, Tyson também é uma  das pessoas que mais lucra com o mercado canábico, especialmente em Nova York, onde a maconha foi legalizada para uso recreativo em 2020. Desde o final de 2022, o estado também concederá licenças para a venda comercial do produto.

Tyson é a figura central de uma das maiores marcas de cannabis dos Estados Unidos, Tyson 2.0. A marca, que utiliza a imagem do ex-campeão mundial de boxe para promover seus produtos, oferece uma linha que inclui flores, vaporizadores e comestíveis. O destaque da linha? Produtos no formato de orelha, em referência à infame mordida que Tyson deu na orelha de Evander Holyfield em 1997, em uma das lutas mais polêmicas da história do boxe.

Em 2023, o Tyson 2.0 gerou uma receita de US$ 150 milhões (aproximadamente R$ 865 milhões), segundo a revista Forbes . Cerca de 30% desse valor veio da venda de produtos de cannabis, enquanto o restante foi gerado pela comercialização de acessórios relacionados. Curiosamente, em 2019, Tyson revelou que gastava cerca de US$ 40 mil por mês em maconha, refletindo como a planta se tornou um estilo de vida para ele.

Apesar dos lucros astronômicos, Tyson destaca que seu objetivo vai além do dinheiro. Em entrevista ao New York Times em janeiro deste ano, ele afirmou que deseja deixar um legado como pioneiro no mercado de cannabis nos Estados Unidos. "Isso é mais importante para mim fazer que ganhe dinheiro", conclui o lutador.

 

Com informações de UOL

MUNDO