Cannabis para Doença de Crohn: revisão sistemática aponta eficácia na melhora

Uma nova meta-análise de ensaios clínicos randomizados avaliou a eficácia e a segurança da cannabis no tratamento da doença de Crohn (DC). O estudo foi feito por pesquisadores paquistaneses e publicado este ano na Revista Irlandesa de Ciências Médicas. Conduzido seguindo as diretrizes PRISMA de 2020 e registrado no PROSPERO, analisou dados de múltiplos estudos comparando cannabis a placebo ou terapia padrão.

Cannabis e alívio da doença de Crohn

A análise demonstrou que pacientes tratados com cannabis apresentaram taxas de melhora clínica significativamente maiores após oito semanas de uso, com baixa heterogeneidade entre os estudos analisados. Essa descoberta sugere que a substância pode ser uma alternativa terapêutica promissora para o controle da DC.

Impactos na qualidade de vida

Apesar dos resultados positivos na remissão, a pesquisa indicou que a qualidade de vida relatada pelos pacientes tratados com cannabis foi inferior à do grupo placebo. Além disso, não houve uma redução estatisticamente significativa nos níveis séricos de proteína C-reativa (PCR), um marcador inflamatório relevante na DC.

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Segurança e perspectivas futuras

A pesquisa destaca que, embora a cannabis demonstre potencial no tratamento da DC, são necessários estudos mais amplos e padronizados para validar sua eficácia e segurança a longo prazo. A falta de consenso sobre seus impactos na qualidade de vida e biomarcadores inflamatórios reforça a necessidade de mais investigações clínicas.

A crescente aceitação do uso medicinal da cannabis motiva novas pesquisas para esclarecer seu papel no tratamento de doenças inflamatórias intestinais, oferecendo melhores opções terapêuticas aos pacientes.

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