Síndrome de Down

Publicado em 21/01/2024
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A vida é um complexo mosaico de características genéticas, que se expressam de forma única em cada indivíduo. Normalmente, nascemos com 46 cromossomos, que são os responsáveis por determinar a cor dos nossos olhos, cabelos e pele, bem como o nosso desenvolvimento cognitivo e fisiológico. Contudo, em alguns casos há uma diferença nessa configuração: é o caso da Síndrome de Down, que se caracteriza pela presença de um cromossomo a mais.  

Essa trissomia simples no cromossomo 21 significa que esses indivíduos têm 47 cromossomos, em vez de 46. Além do comprometimento cognitivo, há também algumas características físicas comuns a essa condição genética. Cada pessoa com Síndrome de Down tem sua própria personalidade e ritmo de desenvolvimento. No entanto, é importante lembrar que essa população apresenta maior incidência de certos problemas de saúde, como doenças cardíacas congênitas, problemas da tireoide e doenças autoimunes. Compreender essa condição genética e suas peculiaridades é essencial para garantir a inclusão e o bem-estar de todas as pessoas com Síndrome de Down. 

Há tempos fala-se dos benefícios do CBD para o tratamento de atraso no desenvolvimento intelectual de pessoas portadoras da Síndrome de Down, mas até agora, nenhum estudo robusto foi apresentado. No entanto, pesquisadores podem estar próximos de descobrir como o canabidiol ajuda nesse contexto. Recentemente na Espanha, mais especificamente em Barcelona, a equipe do Dr. Andrés Ozaita, da Universidade Pompeu Fabra, realizou testes com ratos de laboratório, nos quais, segundo os cientistas, foram identificados que uma possível causa dos déficits cognitivos em pessoas com a síndrome está diretamente relacionada com o funcionamento do Sistema Endocanabinoide (SEC). 

De acordo com a pesquisa, pacientes que apresentavam problemas acentuados de memória, caracterizada por alguma disfunção na região do hipotálamo no cérebro, normalmente são portadores da síndrome.  

Nos testes realizados, segundo informações coletadas da Associação Brasileira de Distribuição e Logística de Produtos Farmacêuticos (Abradilan), os roedores exibiram uma superexpressão de receptores canabinoides do tipo CB1. Com isso, os neurônios inibitórios prevalecem sobre os excitatórios, o que poderia desequilibrar o funcionamento do cérebro. Isto é, para os pesquisadores, o CBD seria um importante aliado para restaurar esse equilíbrio e ajudar os portadores de síndrome de Down a melhorarem a capacidade cognitiva.  

Ainda não há estudos suficientes feitos em humanos que comprovem a eficácia da terapia canabinoide para esse tipo de patologia. Cientistas acreditam que possa haver alguma relação entre o uso do CBD e a síndrome de Down, no sentido de modular e regular o sistema endocanabinoide. Em alguns casos, familiares de pacientes relataram melhora significativa na cognição. Entretanto, há necessidade de estudos clínicos mais robustos que demonstrem a relação entre os canabinoides e a síndrome de Down. 

 

 

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